Ansiedade!

Dentre todos os meus pontos fracos, julgo a ansiedade como o pior deles. Esta, por si só, não causa muitos estragos, mas é responsável pelo desequilíbrio da mente, fazendo com que outros defeitos venham à tona de maneira mais contundente e perigosa. No meu caso, andava muito ansioso por conta do desemprego, que acredito já não ser mais um problema. Após longos quatro meses de espera, finalmente estou empregado e um pouco menos intranqüilo com minha situação, embora ainda não tenha começado a trabalhar.
Quem me conhece pode até dizer que eu não precisava ficar preocupado com a ociosidade, pois uma boa oportunidade de emprego apareceria na hora certa. O duro é que, enquanto a hora certa, que é algo bem vago por sinal, não chegava, fui minado pela ansiedade. Tudo nessa hora parecia conspirar contra mim. Não conseguia concentrar-me para fazer coisas simples, como ler um livro. Nessas horas, nada melhor que uma família estável para dar-nos uma injeção de ânimo e transmitir-nos a calma necessária para tocarmos em frente
Durante as entrevistas pelas quais passei, todos os entrevistadores, sem excessão, me perguntaram qual era minha maior qualidade e pior defeito. Sobre o defeito, respondia sem pestanejar: a ansiedade. Os candidatos adoram responder que tem esse defeito, pois ele não tira a credibilidade do candidato, como a preguiça, a inveja ou alguns outros pecados capitais tirariam. Só que no meu caso eu estava sendo muito sincero em minha resposta.
Passei por vários processos de seleção desde o final da Copa, mas infelizmente poucos deram em alguma coisa. Respira-se um ar carregado na sala de espera onde os candidatos aguardam para serem entrevistados. Um ar impregnado pela competitividade natural existente entre os concorrentes que ali estão. Entretanto, passo por cima do nervosismo e vou sereno para a entrevista. Agora, o que me mata é a espera entre a entrevista e o tal telefonema ou e-mail que trará a resposta, dizendo se fui ou não aprovado. Recebo um eventual "não" com naturalidade, mas enquanto uma resposta, positiva ou negativa, não vem, fico a mercê de minhas fantasias, imaginando como seria o novo trabalho, os novos colegas, o ambiente, o desafio. Daí surge aquela vontade quase incontrolável de passara mão no telefone, ligar para a empresa e pedir para que eles, com o perdão da expressão, "caguem ou desocupem a moita", para que eu possa partir pra outra ou me preparar para o início do trabalho.
Entretanto, consigo até que razoavelmente controlar a ansiedade para não tomar decisões precipitadas, que poderiam até comprometer meu futuro. Por exemplo: abri mão de um emprego em São Paulo porque acreditei que conseguiria coisa melhor. Consegui, realmente. Mas quando o assunto é emprego, já tentaram trocar o certo pelo duvidoso? Dormi muito mal algumas noites por conta das tais incertezas e, consequëntemente, ansiedade.
A ansiedade me acompanha há muito. Fico ansioso ao aguardar um telefonema, ao esperar alguém no restaurante, ao visitar blogs que eu adoro e ver que os seus donos ainda não o atualizaram com algum texto maravilhoso, ao querer que as coisas aconteçam no meu tempo. Tenho tentado trabalhar isso há algum tempo e posso afirmar que não é fácil.
Quem me conhece pode até dizer que eu não precisava ficar preocupado com a ociosidade, pois uma boa oportunidade de emprego apareceria na hora certa. O duro é que, enquanto a hora certa, que é algo bem vago por sinal, não chegava, fui minado pela ansiedade. Tudo nessa hora parecia conspirar contra mim. Não conseguia concentrar-me para fazer coisas simples, como ler um livro. Nessas horas, nada melhor que uma família estável para dar-nos uma injeção de ânimo e transmitir-nos a calma necessária para tocarmos em frente
Durante as entrevistas pelas quais passei, todos os entrevistadores, sem excessão, me perguntaram qual era minha maior qualidade e pior defeito. Sobre o defeito, respondia sem pestanejar: a ansiedade. Os candidatos adoram responder que tem esse defeito, pois ele não tira a credibilidade do candidato, como a preguiça, a inveja ou alguns outros pecados capitais tirariam. Só que no meu caso eu estava sendo muito sincero em minha resposta.
Passei por vários processos de seleção desde o final da Copa, mas infelizmente poucos deram em alguma coisa. Respira-se um ar carregado na sala de espera onde os candidatos aguardam para serem entrevistados. Um ar impregnado pela competitividade natural existente entre os concorrentes que ali estão. Entretanto, passo por cima do nervosismo e vou sereno para a entrevista. Agora, o que me mata é a espera entre a entrevista e o tal telefonema ou e-mail que trará a resposta, dizendo se fui ou não aprovado. Recebo um eventual "não" com naturalidade, mas enquanto uma resposta, positiva ou negativa, não vem, fico a mercê de minhas fantasias, imaginando como seria o novo trabalho, os novos colegas, o ambiente, o desafio. Daí surge aquela vontade quase incontrolável de passara mão no telefone, ligar para a empresa e pedir para que eles, com o perdão da expressão, "caguem ou desocupem a moita", para que eu possa partir pra outra ou me preparar para o início do trabalho.
Entretanto, consigo até que razoavelmente controlar a ansiedade para não tomar decisões precipitadas, que poderiam até comprometer meu futuro. Por exemplo: abri mão de um emprego em São Paulo porque acreditei que conseguiria coisa melhor. Consegui, realmente. Mas quando o assunto é emprego, já tentaram trocar o certo pelo duvidoso? Dormi muito mal algumas noites por conta das tais incertezas e, consequëntemente, ansiedade.
A ansiedade me acompanha há muito. Fico ansioso ao aguardar um telefonema, ao esperar alguém no restaurante, ao visitar blogs que eu adoro e ver que os seus donos ainda não o atualizaram com algum texto maravilhoso, ao querer que as coisas aconteçam no meu tempo. Tenho tentado trabalhar isso há algum tempo e posso afirmar que não é fácil.
A verdade é uma só: preciso compreender que tudo tem sem tempo e que não posso esperar que todas as coisas no mundo andem de acordo com a velocidade dos meus vinte e poucos anos. Falar é fácil. Controlar a ansiedade, muito difícil.