Cá entre nós...

sábado, maio 03, 2008

Love is in the air

Já estava com saudades disso aqui. Agosto, Setembro, Outubro... Março, Abril. Num piscar de olhos, oito meses se passaram. Percebi que não trata-se de prometer pra mim mesmo sempre dar uma passadinha para escrever alguma coisa. É um pouco mais complexo que isso. Envolve tempo, disposição, vontade e espírito. Ou então posso vir aqui e escrever qualquer bobagem, o que não me agrada nenhum pouco.

Hoje vim pra abrir meu coração. Dizer que estou me sentindo entre a cruz e a espada. Ando pensando demais em alguém muito próximo da minha ex. Sei que ela acabou magoada demais com o fim da nossa história, e a última coisa que eu quero neste mundo é trazer mais sofrimento para uma pessoa que foi muito importante pra mim e que me ajudou a crescer. Juro, foi sem querer, sem segundas intenções, simplesmente aconteceu. Não faria isso de propósito comigo, com a minha ex e muito menos com a Rose (nome fictício que acabei de inventar pra ela). Como diria Ben Harper, "there are so many special people in the world, see through this point of view". É. Concordo com você, Ben, mas tenho tendência a querer o buscar o impossível.

Tentei ficar longe, distante, na minha. Mas infelizmente (ou felizmente), sou 100% emoção nessas horas. Sou romântico, fantasio, passo noites em claro pensando nos prós e contra. A conclusão é simples: é perigoso demais, pode e vai machucar alguém, começando por mim mesmo. Mas no ápice da minha inquietude, cutuquei a onça, ou melhor, a Rose, e ouvi dela exatamente o que imaginei que fosse ouvir, e, pra ser sincero, o que queria mesmo escutar: complicado demais, inadequado, não seria justo e correto com sua ex.

Entretanto, fiquei com a sensação de que pelo menos no primeiro momento fui correspondido, embora não tenha tido nenhuma prova disso, mas sou bem sensível a esse tipo de coisas, e algo aqui dentro me diz que a história não acaba assim. Não pode acabar assim. Sei que o desfecho pode ser lindo. Pode ser trágico. Pode ser qualquer coisa, mas alguma marca vai deixar, porque sei que certas coisas não acontecem simplesmente por que tem que acontecer. Pessoas cruzam as vidas umas das outras, têm (sim!) influencia sobre suas ações e mudam a todo o momento o curso de suas vidas. Se tiver que optar, mudo o curso da minha vida pra simplificar a solução desta complicada equação, tornando-a menos dolorosa para todos. Mas sendo bem honesto, sei que não existe saída indolor, pelo menos tratando-se de ligações amorosas. Se tirar o time de campo, vou me machucar e ir contra o que realmente acredito ser o certo: fazer sempre o que o meu coração mandar.

Quero a Rose perto de mim, pelo menos uma vez. Demagogia! A quero muitas vezes por perto. Tenho certeza de que alimentei e continuo alimentando um sentimento por alguém que vale e a pena. Nela vejo alguém por quem nunca me apaixonaria em condições normais, pois somos opostos, definitivamente. Ela é como uma incompreendida explosão de cores, sons, gostos e perfumes. Gosto de olhar pra ela, mesmo que de longe, e saber que por trás daquelas diversas e coloridas facetas, existe alguém doce, muito doce. Tenho a certeza de que os mais próximos diriam que ela não é pra mim, que não combina comigo. Em condições normais, como já mencionado, também diria a mesma coisa, mas como o assunto aqui é coração, não existe a palavra normal no meio disso tudo. Talvez ela seja o verdadeiro choque comportamental que eu esteja precisando. Quem sabe?

No final das contas, o mundo não vai acabar e eu sei muito bem disso. Não deixei de comer ou estou a ponto de cortar os pulsos. Apenas gosto de viver com intensidade e saborear cada momento, bom ou ruim, que a vida e o coração me proporcionam. Como acredito que este é o espaço mais discreto e tranqüilo para desabafos, hoje decidi falar sobre o que estou sentindo: love is in the air.

Cheers!